CALDEIRÃO CULTURAL/2013

10 12 2013

Na última semana de novembro, foram apresentados os projetos do CALDEIRÃO CULTURAL/2013.

Destaque para a peça da professora Nanda Alves (filosofia), Uma história de pertencimento, tecendo o amor e o tempo.
Realizada no dia 29 de novembro de 2013. CLIQUE NO CARTAZ PARA ASSITIR

CARTAZ NANDA





PROFESSORES E PESSOAL DE APOIO TERÃO AUMENTO DE 7%

2 05 2013

Rio –  A Secretaria Estadual de Educação informou ontem que o governo vai enviar à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a proposta de 7% de reajuste para 147 mil servidores da rede estadual de ensino (75 mil professores, 15 mil servidores administrativos e 57 mil inativos). O índice é acima da inflação oficial, que no ano passado ficou em 5,84%.

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O número era mantido sob sigilo pelo secretário Wilson Risolia, que negociava o índice com entidades sindicais e com a cúpula do governo. O texto seguirá para apreciação da Alerj na próxima semana. O novos salários passarão a valer a partir de 1º de junho.

Com o acréscimo, o vencimento inicial para professor de 30 horas, perfil que representa a maior parte do funcionalismo, será de R$ 2.009,88. Já o teto da categoria, para servidores com longo tempo de casa ou especializações, vai para R$ 5.289,57.

De acordo com a secretaria, com os 7% deste ano, os docentes na rede estadual receberam 30,31% de reajuste acumulado desde 2011. No ano passado, o aumento foi de 14,11%. Em 2012, foram zeradas as parcelas do programa Nova Escola, que terminaria apenas em 2015. Já em 2011, o reajuste foi de 9,2%. Ainda em 2011, funcionários administrativos receberam aumento que variou em até 116,04%.

LONGE DO DESEJADO

A proposta dos 7% foi bem recebida pela (União dos Professores Públicos no Estado (Uppes), entidade que representa a categoria nas negociações com o governo. Ainda assim, os salários estão longe do desejado, segundo a presidenta Terezinha Machado.

FALTA MUITO AINDA

Ela argumenta que, mesmo com um salário inicial de R$2 mil, fica difícil segurar um professor na rede hoje. “Vai melhorar, mais ainda está muito longe do ideal. Por esse mínimo, o professor dificilmente vai ficar na escola pública”, ilustra Terezinha.

AQUÉM DO EXIGIDO

Em constante queda de braço com o governo, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) tem reivindicado salário mínimo de R$ 3 mil para os professores, além de um terço da carga horária para planejamento de aulas e aumento das bonificações.





PROSTITUTA SE FORMA EM LETRAS E RECLAMA DE SALÁRIO DE PROFESSOR

1 05 2013

(Transcrito do Globo)

  • Aluna da UFSCar, Gabriela Natália da Silva diz que é garota de programa por prazer e nunca precisou vender o corpo para pagar os estudos
  • Enquanto ela cobra R$ 250 a hora, um professor da rede estadual de ensino em início de carreira tira, em média, R$ 15 por hora

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RIO – Na turma de recém-graduados em Letras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), uma das formadas prefere não dar aulas por enquanto, e exerce outra profissão que já é citada inclusive na relação de carreiras do Ministério do Trabalho: garota de programa.

Gabriela Natália da Silva, de 21 anos, formou-se em Português-Espanhol em abril deste ano, mas nunca deixou de trabalhar fazendo programas em São Carlos, interior de São Paulo. Mais conhecida como Lola Benvenutti, nome inspirado no livro “Lolita” do russo Vladimir Nabokov, a profissional do sexo gosta de se diferenciar de outras colegas de profissão que vendem o corpo por dinheiro. Lola afirma com veemência que nunca precisou se prostituir para pagar as contas da faculdade.

— Fiz universidade federal, e meus pais me deram uma boa condição para estudar. Então o que eu faço como garota de programa é por puro prazer. E ninguém tem nada com isso — diz Lola.

No último ano da graduação, Lola começou a escrever um blog, onde fala sobre sexo, levanta bandeiras a favor da regulamentação da prostituição no Brasil e conta experiências com clientes. Tudo no anonimato, e sem cunho pornográfico. Segundo ela, o tema ainda vai lhe render uma pós-graduação na área.

— Vou me inscrever no mestrado de Estudos Culturais na USP e pretendo analisar o mundo da prostituição e do fetiche. Já tenho até orientador — garante a garota de programa, que chegou a ter bolsa de iniciação científica em moda.

Mesmo acostumada a dar aulas de Português e Redação para jovens e adultos, Lola reclama dos baixos salários de professor no país. Enquanto um professor da rede estadual de ensino do Rio, recém-formado em Letras, ganha em média R$ 15 a hora/aula, Lola cobra R$ 250 por hora de programa. E são no mínimo cinco por dia, segundo ela.

Ou seja, para ganhar o mesmo que Lola ganha em um programa, um professor da rede estadual de ensino do Rio precisa dar, no mínimo, 16 aulas. Não é à toa que Lola considera a prática docente, por enquanto, apenas como um hobby.

— No futuro eu até quero dar mais aulas sim. Mas com o salário que o professor ganha no Brasil, eu não conseguiria sobreviver. Professor é um herói — afirma Lola.

A garota de programa garante que nunca escondeu sua real profissão e não sofreu retaliações no meio acadêmico, mas “os olhares desconfiados de alguns colegas são inevitáveis”. Perguntada se algum aluno ou professor já se tornou cliente por um dia, ela primeiro ri da situação, e depois confessa:

— Já sim, é engraçado até. Mas a relação continua sendo estritamente profissional.





DIRETORA É ESPANCADA POR ALUNO DE 15 ANOS

26 03 2013

Agressão ocorreu dentro de escola pública na Zona Norte. Vítima está em choque e com hematomas no rosto. O caso foi parar na polícia. Estudante nega

POR CHRISTINA NASCIMENTO

Rio –  A diretora da Escola Municipal João Kopke, em Piedade, Leila Soares, foi espancada por um aluno de 15 anos após adverti-lo no correrdor da unidade. O episódio ocorreu na última sexta-feira, por volta das 10h30. A vítima foi empurrada contra a parede, imobilizada pelo estudante e levou vários socos no rosto. Ela está com hematomas na gengiva e com a audição prejudicada. O caso foi registrado na 24ª DP (Piedade) e o estudante foi expulso da escola.

 

 “A gente encheu meio balde de papel com sangue que saía do nariz dela. Para o garoto, foi como se nada tivesse acontecido. Depois que agrediu, ele foi para o pátio e ficou rindo”, contou uma professora.

A confusão começou quando Leila foi até um dos pavilhões verificar se havia um casal de namorados se beijando. Ao chegar lá, ela se deparou com o estudante de 15 anos brincando de luta com um colega. A diretora mandou que eles parassem. No entanto, quando estava indo embora, acabou empurrada pelo adolescente, que continuava trocando golpes.

A diretora, então, os repreendeu. O jovem não gostou e a empurrou, só que, desta vez, de propósito. Leila avisou que iria ligar para a casa dos pais dele e chamar a ronda escolar. O aluno a seguiu até a secretaria e a empurrou de novo, sendo segurado por um professor. Solto, ele foi atrás da diretora na sala dela, onde Leila iria fazer as ligações, e a segurou, dando vários socos.

‘Muito triste e inaceitável’

A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, classificou o episódio na João Kopke como “muito triste e inaceitável”. Segundo ela, a orientação foi para fazer um boletim de ocorrência. Além disso, foi instaurado um procedimento administrativo para apurar o que aconteceu.

O jovem, que estuda num projeto para alunos com defasagem idade-série, foi expulso da escola, mas não pode ser excluído da rede de ensino: irá para outra unidade. Na delegacia, ele teria dito que foi empurrado.