(Do portal G1)
Projeto é uma das 37 iniciativas de sucesso listadas pelo Unicef e pelo MEC.
No Maranhão, escola com bons resultados dá prêmio para professores e funcionários.Nas escolas da cidade de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, mora um exemplo de valorização do professor. Toda semana, os docentes reservam quatro horas para fazer cursos de atualização e para planejamento de aulas e ganham para isso. A iniciativa faz parte das 37 escolhidas como exemplos de projetos bem sucedidos em um estudo elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ministério da Educação (MEC) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e divulgado nesta terça-feira (25). “Esses momentos de preparação do grupo de professores das diferentes escolas se encontrando e trocando experiência desenvolve muito o trabalho na sala de aula”, afirma a professora Simone Miorelli.
No Rio de Janeiro, na favela Cidade de Deus, acontece o extremo oposto. Uma escola deveria ter 24 professores tem apenas oito, porque o professorado tem medo da violência. Um professor, que pediu para ter a identidade preservada, reconhece que quem mais perde são os alunos. “Esses jovens dessas comunidades ficaram sem perspectiva e continuam sem”. Para o especialista em educação Cláudio Moura Castro, o desestímulo do professor é uma das razões para o fracasso de muitas escolas. “O professor mais motivado, motiva o aluno. O professor morto, destroçado, destruído pelo ambiente de uma escola de periferia é muito difícil ele conseguir entusiasmar o aluno pela beleza das idéias. E esse é o grande drama da educação do Brasil”.
No Maranhão
Outro bom exemplo vem do Maranhão, em Nova Brasília, um pequeno povoado da zona rural de Alto Alegre do Pindaré. A escola é simples, mas que tem tudo que é importante para o bom aprendizado. Na entrada fica o cantinho da leitura, uma mesa cheia de livros e revistas que as crianças podem consultar à vontade. Do outro lado, um grupo de alunos joga xadrez, que é um recurso importante para o desenvolvimento do raciocínio e, logo adiante, uma oficina de orientação e treinamento dos professores, onde eles expõem aos supervisores tudo que precisam para melhorar o rendimento dos alunos. “Você quer ver o seu trabalho dando frutos, retorno, é isso que um professor se sente feliz”, afirma uma professora. Também em Alto Alegre, uma outra iniciativa premia anualmente as boas escolas. O colégio vencedor não tem evasão e aprova 98% dos estudantes. O prêmio foi um abono de R$ 1 mil para os professores e de R$ 2 mil para o diretor. Os funcionários ganham um mês de salário dobrado. Para uma professora, o dinheiro é bem-vindo, mas o verdadeiro prêmio é outro. “Minha maior recompensa é quando eu vejo um aluno e descubro que ele aprendeu. Dá vontade de sair gritando. Isso é emocionante, é gratificante. A gente começa a ter um gosto especial, então a gente descobre que parece que nasceu pra ser professora.
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Meu comentário: Particularmente acho este discurso de salário baixo, uma das coisas mais anacrônicas em termos de educação. O que devemos questionar, é se o ensino que estamos proporcionando aos alunos vale mais que o salário recebido, se é que vale alguma coisa. Enquanto não melhorarmos a qualidade atual do ensino, não podemos exigir melhor qualidade de salário.
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